A Vida como Acaso. Complexidade do Moderno é o primeiro livro de José Jiménez publicado em português. Sendo como é autor de uma obra extensa, a opção de começar por este livro está longe de ser casual. Nele se cruzam as principais tendências do pensamento e do estilo de Jiménez, onde a crítica e a filosofia, a análise detalhadas das obras de arte e a palavra poética contribuem para uma rigorosa apreensão da cultura contempoãnea. José Jiménez parte à sua maneira muito própia da crítica cultural de Marcuse e Bloch, com base nos quais elabora a sua antropologia estética. O que distingue o seu estilo de pensar é a capacidade de alegorizar a arte actual e através desta a cultura contemporânea, através de figuras inusitadas, cuja essencialidade cada um dos seus livros revela. As figuras do anjo, do labirinto, da espiral ou da metamorfose laçam uma luz peculiar sobre a contemporaneidade. Em A Vida como Acaso temos a sua teoria da modernidade, mas também um ensaio original sobre a vida no final do século. Tudo é reavaliado, da vida à religião, da vanguarda ao poder, das paixões e da mulher fatal à crise da identidade. Dispersão aparente, que serve a Jiménez para mostrar que Para lá da vida como imediatez ou simultaneidade representacional, na nosa época dão-se as condições para assumir criativamente a fragmentação, para alcançar a partir dela uma universalidade antropológica que integre também a pluralidade, a diferença. |
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Passagens, Lisboa, 1997. 214 pp. Traducción al portugés |